Devemos ser gratos por Cristo haver tomado sobre Si a natureza humana e Se sujeitado à tentação, como nós somos! Embora haja tomado sobre Si a humanidade, Ele era divino. Tudo o que é atribuído ao próprio Pai é atribuído a Cristo. Sua divindade estava revestida com a humanidade; Ele era o criador do céu e da Terra e, ainda assim, enquanto esteve sobre a Terra, cansava-Se como se cansam os seres humanos e procurava descansar da contínua pressão do trabalho. Aquele que fez o oceano, que controla as águas do grande abismo, que abriu as nascentes e canais da Terra, sentiu necessidade de descansar ao poço de Jacó e pedir um copo de água a uma estranha mulher samaritana (Rewiew and Herald, 19 de maio de 1896).
O redentor do mundo, o Filho unigênito de Deus, por Sua perfeita obediência à lei, por Sua vida e caráter, resgatou o que foi perdido na queda e possibilitou que o homem obedecesse à santa lei de justiça transgredida por Adão. Cristo não trocou Sua divindade pela humanidade, mas combinou a humanidade com a divindade; Ele viveu a lei em favor da vida humana. Os pecados de todos os que recebem a Cristo foram colocados em Sua conta, e Ele satisfez plenamente a justiça de Deus (Fundamentos da Educação Cristã, p. 429).
Ao contemplar a encarnação de Cristo na humanidade, ficamos perplexos perante a um mistério insondável, que a mente humana não consegue compreender. Quanto mais refletimos sobre ele, mais incrível ele nos parece. Que grande é o contraste entre a divindade de Cristo e o bebê indefeso na manjedoura de Belém! Como podemos cobrir a distância entre o poderoso Deus e uma criança indefesa? Ainda assim, o Criador dos mundos, aquele em que habita corporalmente a plenitude da Divindade, Se manifestou em um indefeso bebê na manjedoura. Muito maior de qualquer dos anjos, igual ao Pai em dignidade e glória, mas vestindo as vestes da humanidade! A humanidade e a divindade se combinaram misteriosamente. O ser humano e Deus se tornaram um. É essa nossa união que encontramos a esperança de nossa humanidade caída (Signs of the Times, 30 de julho de 1896).
Cristo é o nossso líder. Revestindo sua divindade com a humanidade. Ele se humilhou a fim de Se colocar em pessoa à frente da humanidade. Pôs de ado sua coroa real e entregou Sua elevada posição como comandante dos anjos, que amavam cumprir Sua vontade.Por nossa causa, Ele Se fez pobre, a fim de que, por Sua humilhação e pobreza, os seres humanos se tornassem ricos, herdeiros de um eterno peso de glória. O Salvador veio ao mundo em humildade e viveu como homem entre os homens. Em todos os pontos, a não ser o pecado, a Divindade devia tocar a humanidade. Cristo responteu afirmamente à pergunta: "Pode alguém guardar as leis de Deus?" Ele foi tentado em todos os pontos em que o ser humano é tentado, "mas sem pecado". Foi tentado afim de saber como socorrer os que, depois, seriam tentados. Tornou-Se homem de dores e experimentado no sofrimento. "Foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados" (Isaías 53:5). Ele Se entregou ao mundo como mestre espiritual, um verdadeiro médico missionário (Rewiew and Herald, 7 de janeiro de 1904).
Vislumbres do Céu (Comentários de Ellen G. White).
Lição da Escola Sabatina, Janeiro a Abril de 2012.
Páginas 4 e 5
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