“Sentou-se à mesa com eles, pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e deu a eles. Aí os olhos deles foram abertos, e eles reconheceram Jesus.” Lucas 24: 30 e 31
Ao entardecer do dia da ressurreição, dois dos discípulos estavam a caminho de Emaús, pequena aldeia, a doze quilômetros de Jerusalém. Esses discípulos não haviam desempenhado nenhum papel na obra de Cristo, mas eram crentes fervorosos a Ele. Tinham ido à cidade para celebrar a páscoa, e estavam tristes e perplexos com os acontecimentos.
Tinham ouvido as notícias de manhã a respeito da ausência do corpo de Jesus no seu túmulo, bem como das mulheres que viram os anjos e se que também diziam que se encontrou com o próprio Jesus. Agora voltavam para casa, a fim de meditarem e orar. Seguiam tristemente sobre as cenas do julgamento e crucificação.
Não haviam andado muito quando lhes juntou um estranho, mas eles se achavam tão presos em sua negra decepção que não perceberam quem verdadeiramente era a pessoa. Pelo caminho, raciocinavam sobre as lições que Cristo lhes dera e que eram incapazes de compreender. Jesus anelava consolá-los. Testemunhara-lhes sua dor, ideias que traziam a mente.
Jesus sabia que o coração deles estava unido pelo amor, e almejava enxugar-lhe as lágrimas, e enchê-los de alegria. Devia dar a eles lições que nunca haviam de esquecer, no entanto não o fez. Na verdade, os discípulos não se lembravam das palavras de Cristo. Não percebiam que a última parte de Sua predição aconteceria do mesmo modo que a primeira e ao terceiro dia Ele ressuscitaria.
Esta era a parte que deveriam ter recordado. Os sacerdotes e príncipes não esqueceram. Logo no Sábado, foram ao encontro do governador Pilatos para que o sepulcro de Cristo fosse reforçado com uma guarda para que seu corpo não fosse roubado.
“Então Jesus lhes disse: Como vocês demoram a entender e a crer em tudo o que os profetas disseram! Pois era preciso que o Messias sofresse e assim recebesse de Deus toda a glória.” Lucas 24:25 e 26.
Ensinando a esses discípulos, Jesus mostrou a importância do Velho Testamento como testemunha de Sua missão (Lucas 24:27). Muitos projetos cristãos desprezam hoje esta parte das Escrituras dizendo não ter mais utilidade. Não é isso, o ensino de Cristo, que disse: “Se não escutarem a Moisés nem os profetas, não crerão, mesmo que alguém ressuscite.” Lucas 16:31.
É a voz de Cristo que fala através dos patriarcas e profetas desde os tempos de Adão até as cenas finais deste mundo. O Salvador é claramente revelado no Velho Testamento como no Novo. Os milagres de Cristo são uma prova mais forte ainda de que Ele é o Redentor do mundo, encontra-se comparando as profecias do Velho Testamento com o acontecimento atual deles (Lucas 16:29-31).
Cristo nunca força a sua companhia junto de ninguém. Interessa-se por aquele que Dele necessitam. Com prazer penetra no mais modesto lar e anima o mais humilde coração. Mas se os homens são demasiado indiferentes para pensar no hóspede celestial, Ele passa e assim, sem perceberem, sofrem uma grande perda.
Mendenson
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